sempre me cobrei muito em relação à minha grafia. nos anos iniciais da escola os caderninhos de caligrafia não me davam motivo para orgulho. mas, claro que não era nada absurdo de feio, só parte da angústia de uma criança perfeccionista.
com as letras minúsculas não tinha problema, mas algumas maiúsculas eram realmente inimigas. guerreava com duas ou três que me incomodavam profundamente, as quais, no meu entendimento, eu grafava de forma torta, errada.
depois de alguns anos nessa briga constante, por alguma estranha associação, percebi que isso provavelmente era um sinal, e que não deveria me relacionar (no sentido amplo) com pessoas que tivessem seus nomes começados por essas letras.
por algum tempo foi assim.
depois de ponderar, e chegar a conclusão de que essa atitude era muito radical, aderi a uma versão mais leve da teoria. a segunda fase foi simplesmente saber que eu teria mais dificuldade em lidar com pessoas cujos nomes começassem com essas letras. o restante, por conseqüência, seria de fácil convivência.
muitos anos, muitos calos e muitos grafites depois, sem explicação aparente, passei a grafar tais letras de forma certa, ao menos o suficiente para me deixar satisfeita com elas.
era o fim da maldição.
as vezes me pergunto de onde partiu a solução, se as letras melhoradas me entusiasmaram a simpatizar com as pessoas à elas relacionadas, ou se as pessoas relacionadas à elas influenciaram a melhora das letras...
vai saber!
eu não sei.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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3 comentários:
quais eram as letras? e-é
Tirou as letras dos meus dedos, Ju.
que curiosos! ;)
G e J, sempre. a outra variava entre N e S.
viu, por isso não contei. agora vão achar que é perseguição! :P
se a maldição voltar, a culpa é toda de vocês!
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