quarta-feira, 8 de outubro de 2008

espirro?

ainda nos domínios de morpheus...
sonhei que estava deitada na cama, inebriada pela doce sensação de acordar sem despertador, simplesmente despertar. no meio da paz surge aquele desejo inquietante.
vontade inenarrável de espirrar...
acompanhada pelo pensamento de que se eu não quisesse, não precisaria espirrar. ora, quando estamos dormindo não espirramos (teoria intrínseca ao sonho). portanto, bastava fingir que ainda dormia e não tentar evitar o espirro, este concluiria que eu estava dormindo e se dissiparia. assim fiz e assim foi. depois que acordei (ainda dentro do sonho, que começou quando eu estava acordando), tive a grande idéia.
seria este o tema da minha próxima criação.
uma grande tela branca. o quadro vazio representaria uma série de espirros. como? de acordo com a teoria só se espirra quando se quer, certo? bem, como eu não gosto de espirrar, a tela seria a tradução de todos os espirros que neguei durante minha vida, a materialização de todos aqueles que não libertei. lá estaria o quadro, aguardando ser marcado, esperando por um espirro que eu deixasse acontecer.
não paro de pensar que os espirros, de alguma forma, estão relacionados à mania de querer controlar as coisas; ou ainda ao poder que se tem sobre a própria vida, o que se permite ou não que aconteça.
de certa forma, i'm the only one who can make my own hell or my own heaven.
será que realmente tenho todo esse controle?
poderosa megalomania prepotente.
redundância? incoerência?
bom, chega de retórica.
definitivamente, meu alter-ego β é artista plástico.

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